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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Um Dia Na Vida da Família Imperial - Lili Dehn

Às nove da manhã a imperatriz tomava o pequeno-almoço com o imperador; era uma refeição simples à inglesa e depois do pequeno-almoço subia ao andar superior para ver as crianças. Depois chegava a Anna Vyrubova e, se havia reuniões extremamente importantes, normalmente aconteciam de manhã, mas, se a imperatriz estivesse “livre” ia inspeccionar o seu colégio de enfermeiras domésticas que se regia inteiramente por linhas inglesas. Acreditava piamente na qualidade das enfermeiras que recebiam um treino inglês, especialmente para crianças e empenhava-se extensivamente no trabalho e organização desta instituição.

Alexandra com um bebé, provavelmente Alexei

O almoço era à uma hora à semana e ao meio dia e meia aos Domingos, mas quando a imperatriz se sentia indisposta, o que acontecia com frequência, comia no seu boudoir ou apenas na companhia do czarevich. Depois do almoço a imperatriz ia dar uma volta a pé ou passeava numa carruagem aberta. O chá era tomado às cinco da tarde, mas por vezes recebia pessoas entre o almoço e o chá.

Nicolau, Alexandra, Olga e Anastásia com Vitória Melita

A família encontrava-se à hora do chá que era uma ocasião bastante familiar, e o jantar que era servido às oito, era uma ocasião bastante móvel no sentido literal da palavra. O imperador não gostava de comer só numa sala em específico, por isso a mesa era sempre levada para a sala que ele preferisse nessa noite. Depois de jantar (e esta era sempre uma refeição muito simples), a família passava o resto do serão junta e as grã-duquesas, que gostavam muito de puzzles, passavam quase sempre esta altura a trabalhar neles. Por vezes o imperador lia em voz alta para as filhas e para a esposa. Era a vida familiar de uma família unida, mas uma vida que o resto do mundo não estava disposto a aceitar. De facto, um escritor russo não hesitou em afirmar abertamente que “teria sido melhor para a Rússia se a imperatriz tivesse sucumbido a todas as fragilidades atribuídas a Catarina II.” É irónico pensar nesta opinião quando uma pessoa se lembra como os jornais e o publico em geral criticaram a sua associação com Rasputine. Mas se ela tivesse sido como Catarina II, é possível que essa “fragilidade” pudesse ter sido considerada “melhor para a Rússia!”
Nicolau II com os filhos e um oficial


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